Penso eu com meus botões, ou melhor, com minhas cordas.
A dita quântica diz que na essência as coisas são cordas.
Penso coisas, penso cordas. Ok.
Se as coisas são cordas e as cordas são coisas;
De quê são feitas tais cordas se não delas mesmas?
Enfim, o mundo se constrói nele mesmo.
No micro, no macro e nas cordas do meu violão.
Penso cordas, dedilho coisas e no contratempo desse mundo corrido verto idéias concretas em sons.
Tecotelecoteco.
Hoje as cordas me disseram que o mundo é de papel. Nele vivem seres que temem que a chuva molhe, que o sol queime e que tudo se amasse e não fazem viver.
Se apegam a qualquer pedra em que tropeçaram por aí, ou inventam a própria pedra pra adorar; de preferência uma pedra bem grande - intransponível e bem no meio do caminho.
E dizem que isso é viver!
Haha!
Viver não é isso não, viu?!
A pedra é uma distração para os covardes.
Vive aquele que ousa pular da pedra e pula no rio
E mesmo assim não vai conforme a corrente.
"Quem tem consciência para ter coragem
quem tem a força pra saber que existe
e no centro da própria engrenagem
Inventa a contra-mola que resiste
Quem não vacila mesmo derrotado
Quem já perdido nunca desespera
E envolto em tempestado, decepado
Entre os dentes, segura a primavera"
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
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Um comentário:
Cara estava pensando em coisas para te escrever...
logo se coisas são cordas... minha cabeça ficou em um amaranhado de fios como se estivesse preso em uma cama de gato.
tento encontrar uma saída, porém, acabo mais enrolado. Estranho, estou em uma cama de gato ou em um labirinto? Já não sei mais o que eu sinto!!
Enfim, vou me sentar e fechar os olhos. Pegar meu violão e tirar uma linda canção, talvez assim eu me desperte deste pesadelo inacabável onde nosso mundo é de papel!!
um grande abraço,
mister Q.
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